sexta-feira, 17 de julho de 2009

Incertezas.

" [...]pois a menor incerteza, mesmo no assunto mais insignificante, é sempre penosa[...]" ¹

As dúvidas são ensurdecedoras, amargas, nos deixam como em um abismo.
Aquela incerteza se alguem nos corresponde sentimentalmente, que dá aquele frio na barriga e aquela ansiedade que não quer passar. O coração chega a bater forte, ás vezes nem sabemos o motivo, se é do amor que julgamos sentir ou do medo de perder a ilusão de ter a pessoa desejada.
A incerteza do que "fazer da vida" também corrói, quem não passou pela dúvida do vestibular? A decisão da mudança de um emprego? Se casa ou não? O rumo que vamos dar a nossa vida sempre vem cheio das incertezas, do que pode ou não dar certo, porém quem vai saber se não tentar?
As incertezas são penosas porque nos tiram muitas vezes o sono, na tentativa até mesmo de descobrirmos o motivo da resposta de "ciclano", da atitude de "fulano", mas como vamos saber do coração do outro se muitas vezes nem sabemos do nosso?
Passamos noites em claro querendo "calar" incertezas, sentindo a ansiedade, comendo, abrindo a geladeira mil vezes, trocando de canal sem parar, cada um com o seu jeito para parar de pensar ou achar a solução.
Eu penso que a melhor forma de "calar" incertezas é parar com a covardia, tomar uma atitude, ficamos olhando os nossos objetivos tanto tempo, por que não agir? Vamos então agir diante de alguma dúvida, pensar é bom, melhor mesmo é agir, é ir a luta com força, ser quem é, sem medo de desagradar alguem porque pior do que desagradar o outro é viver decepcionando a si mesmo.


¹ Kafta, Franz. O processo, Rio de Janeiro: Ediouro, 9ª edição.

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