terça-feira, 22 de setembro de 2009

Matéria-prima

"Que o medo da solidão se afaste, e que o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável.

Que o espelho reflita em meu rosto um doce sorriso
Que eu me lembro ter dado na infância
Por que metade de mim é a lembrança do que fui
A outra metade eu não sei.

Que não seja preciso mais do que uma simples alegria
Pra me fazer aquietar o espírito(...)

E que a minha loucura seja perdoada
Porque metade de mim é amor
E a outra metade também." ¹

Conviver consigo mesmo é mais difícil do que conviver com os outros, porque os outros vão embora e te deixam alguma hora do dia, mas você esta dentro de si o tempo todo, não pode fugir de si, então aprendemos a suportar e a rir, até quando erramos, porque o que seremos é sempre a mistura do que já passou e nos fez fortes, do que já vimos e aprendemos, e ainda do que virá e poderá nos mudar completamente.
Conviver consigo mesmo é difícil, porém obviamente necessário e maravilhosamente gostoso, quando aprendemos a respeitar, amar e olhar para nós mesmos. A buscar em nós o que nos faz feliz, afinal antes de sermos dois sempre teremos que ser um único ser, que já é completo.
Quando convivo e amo a mim mesma como sou, e ainda descobrindo como posso ser, então não preciso das grandes coisas que o mundo pode oferecer, preciso de mim, preciso rir, preciso sentir, preciso da loucura, preciso do despreendimento, preciso da pequena gota de chuva, preciso do raio de sol na janela, preciso do abraço de quem eu amo, preciso mesmo é do amor. Porque é o amor que nos faz ultrapassar limites, nos faz respeitar os outros e a nós, nos faz acordar dispostos e dormir tranquilos, o amor constrói tudo e aquilo que esta destruído é erguido com amor, então quero ser feita de amor porque o amor entende e supera tudo.

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